Região: |
Chile |
Produtor: |
Clos Apalta |
Enólogo: |
Miche Rolland |
Castas: |
Syrah, Touriga Nacional & Petit Verdot |
Estágio: |
Estágio de 27 meses em madeira |
Solos: |
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Álcool: |
14,5% |
Garrafa: |
75 cl |
Preço / L: |
157,33€ |
A colheita de 2017 nasceu sob a influência de uma seca prolongada: o nível de precipita- ção mais baixo registrado em Clos Apalta nos últimos 15 anos e as temperaturas mais altas já registradas no Chile. Uma safra memorável. Estas condições extremas favoreceram o desenvolvimento e a propagação de focos de incêndio. No total, 600.000 de hectares de bosques e arbustos foram consumidos pelo fogo devastador. Felizmente nosso vinhedo não foi afetado pela fumaça. A degustação de distintos lotes nos confirmou isto.
Em Clos Apalta o inverno foi particularmente seco; tivemos um déficit hídrico de 35% em relação à média histórica. O mês de julho com somente 200 mm forneceu os 95% da precipitação acumulada. As temperaturas ficaram em média 2% acima em comparação com as estações anteriores. A primavera foi mais seca e mais fria. Em novembro, as tempera- turas levemente mais altas (+1,4°C) e a pequena quantidade de chuva (somente 12 mm) causaram uma antecipação de dez dias na brotação. Um verão insuportavelmente quente, com temperaturas oscilando entre 32°C e 35°C, e máximas de 37°C/38°C em certos dias. Em janeiro, contabilizamos 26 dias com temperaturas iguais ou superiores a 33°C (19 de janeiro, 37,1°C; 27 de janeiro, 37,5°C). Foi o mês mais quente da história do Chile. Em fevereiro, houve 22 dias com temperatura por volta de 30°C (20 de fevereiro, 36,2°C, e 22 de fevereiro, 36,6°C).
Ao final da primeira dezena de março, as temperaturas mínimas e máximas caíram consideravelmente, com uma sucessão de noites frias (na madrugada de 8 de março tivemos 1,9°C e 4,5°C nos dias seguintes) e dias quentes com temperaturas de até 32°C. Esta linda amplitude térmica permitiu às uvas completar seu ciclo de amadurecimento fenólico, favoreceu a intensidade da cor e preservou caráter frutado e o frescor. Por fim, estas foram condições excelentes de maturação, semelhantes às de um ano clássico.
A colheita ocorreu em excelentes condições climáticas. A seleção da Merlot começou em 23 de fevereiro até 13 de março. Nos dias 8 e 9 de março, colhemos as primeiras Cabernet Sauvignon. Entre 14 e 17 de março, colhemos as Cabernets pré-filoxera. A excelente qualidade das uvas e o clima favorável nos permitiram esperar mais duas semanas para a colheita das primeiras Carmenère, com os últimos cachos colhidos no dia 25 de abril.
A colheita, totalmente manual e pela manhã para evitar a exposição das uvas às altas tem- peraturas, o transporte em caixas, o desengace manual e a seleção minuciosa das uvas são todos procedimentos que garantem a integridade perfeita da matéria-prima.
Graças ao acompanhamento da maturação parcela por parcela (análises e degustações), pudemos acompanhar as uvas até a sua maturação perfeita, preservando o frescor e a acidez. Para evitar qualquer excesso, a extração foi cuidadosa com pouca prensagem. O tempo de maceração foi de 30 a 35 dias, de acordo com as características de cada cepa e cada tanque. Parte das uvas foram fermentadas em barricas bordalesas (18%) e o restante em pequenos barris de madeira para separar bem as parcelas. O envelhecimento foi de 27 meses em barricas, 85% madeira nova, que permitiu uma estabilização e clarificação naturais. O corte - composto por 48% Carmenère, 26% Cabernet Sauvignon, 25% Merlot, 1% Petit Verdot - confere ao Clos Apalta uma complexidade bastante particular.
PERFIL AROMÁTICO
O Clos Apalta 2017 é a verdadeira expressão de suas origens. Sua coloração escura expressa a intensidade de cor da Carmenère e suas notas de fruta madura.
No nariz mostra uma grande riqueza aromática: groselha, framboesa, morangos silvestres, que revelam a maravilhosa complexidade dos Merlots, Cabernets Sauvignon e Carmenères. Na boca, depois do ataque inicial de frutas vermelhas amparadas por taninos suaves e sedosos, vêm o contraponto da azeitona preta, groselha preta e alcaçuz.
Um final incrivelmente longo e intenso, com taninos muito finos, que expressa a elegância do terroir de Apalta.
TASTING NOTES
James Suckling — 100 pontos para Clos Apalta 2017
16 de abril de 2020 — Que nariz impressionante de frutas trituradas, flores frescas, sândalo e notas terrosas de vinhedo. Azeitonas pretas também. Muito complexo, encorpado, com um belo e denso paladar de amoras, chocolate, nozes e caixa de charutos. Conjunto e profundidade fantásticos. Os taninos deslizam pelo palato. É o vinho mais clássico e estruturado já elaborado pela vinícola. O retrogosto continua por minutos. Potente mas incrivelmente polido. Um corte de 48% Carmenère, 26% Cabernet Sauvignon, 25% Merlot e 1% Petit Verdot. Prove depois de 2025.
Contém sulfitos.