Região: |
Douro |
Produtor: |
Fonseca |
Enólogo: |
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Castas: |
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Garrafa: |
75 cl |
Classificação/Prémios:
Breve descrição:
Estabelecida como empresa de Vinho do Porto em 1815, a Fonseca é reconhecida pela sua consistência de estilo dos seus vintages que desde a sua fundação têm sido produzidos por cinco gerações da família Guimaraens. Os seus Vintages são reconhecidos pela sua expressividade e fruta exuberante, que desenvolve grande opulência e complexidade com o envelhecimento, assim como uma voluptuosidade na boca suportada por sedosos mas poderosos taninos. Apesar de terem um potencial de envelhecimento enorme, a exuberante fruta dos vintages Fonseca torna-os irresistíveis enquanto jovens. Indiscutivelmente a Fonseca pertence à primeira linha das casas de vinho do Porto. James Suckling, o reconhecido crítico de vinho e autor do mais completo livro sobre o vinho do Porto Vintage descreve a Fonseca como o ‘Bentley’ do vinho do Porto Vintage – o vinho do entusiasta e do conhecedor.
O lote do Vintage Fonseca é composto pelos melhores vinhos provenientes de três propriedades: a Quinta do Cruzeiro no vale do Pinhão, uma propriedade que contribui para os vintages da Fonseca desde 1912; a Quinta do Panascal, principal quinta da Fonseca, e, finalmente, a Quinta de Santo António.
2003 - O inverno que precedeu a vindima de 2003 foi muito húmido. A floração teve lugar em finais de maio, com tempo cálido e luminoso, em condições tidas como uma das melhores em muitos anos. As duas primeiras semanas de agosto proporcionaram o intenso calor do verão que frequentemente precede um grande vinho do Porto Vintage. A segunda metade de agosto foi mais fresca e dois dias de chuva perfeitamente oportunos acabaram por favorecer o amadurecimento das uvas no final do mês. A época das vindimas em setembro foi cálida, seca e os rendimentos foram uniformes para todas as castas, assegurando equilíbrio e complexidade nos vinhos. Bonita cor profunda com auréola vermelho tijolo. Nariz de boa profundidade, doce e harmonioso, algo espirituoso, rico, toques suaves de chocolate negro e cereja (tomate cereja). Vinho harmonioso e elegante, alguma estrutura de qualidade com espantosas notas de especiarias e menta, fruta muito nítida, macio. Um Porto Vintage de grande prazer, agora com bons taninos para o levar até a uma idade avançada. Parece mais macio do que o normal. Nariz a fechar. Imensa fruta, groselha negra e amora, compotas verdadeiramente intensas com notas de cacau e taninos firmes mas sedosos. Um poderoso vinho do Porto Vintage. Fruta madura de qualidade, boa expressão, cereja, um caráter encantador.
2007 - Depois de quatro anos quentes e secos, o pluvioso inverno que precedeu a vindima de 2007 permitiu a reposição das reservas de água na região do Douro. As condições de tempo húmido permaneceram durante a primavera e início do verão, com temperaturas inferiores às normais para aquela época e combinadas com períodos de chuva. Não se registaram períodos significativos de intenso calor durante os meses de verão. Isto garantiu que a canópia das vinhas estivesse em perfeito estado e conseguisse retirar o máximo benefício do tempo fresco que precedeu a vindima. As duas primeiras semanas de setembro apresentaram temperaturas diárias constantes entre os 35ºC e os 38ºC. Estas condições de tempo cálido e seco permitiram a perfeita maturação das uvas, fazendo avançar a produção de açúcar e fenóis, mas mantendo a excelente acidez natural resultante do verão relativamente fresco. Como consequência, a vindima deu mostos perfeitamente equilibrados que originaram vinhos elegantes e com estilo, cheios de vitalidade e com um caráter de fruta maravilhosamente concentrado e fresco.
2009 - 2009 será recordado como um ano de rendimentos baixos. Isto deveu-se, em parte, à pequena quantidade de uvas, mas também ao efeito de uma temporada de amadurecimento muito seca. A dormência da videira terminou muito cedo, com o abrolhamento a ocorrer no Pinhão na primeira semana de março. A temporada de amadurecimento começou com tempo relativamente frio, o qual continuou ao longo de julho, mas em agosto mudou e houve calor intenso.De julho até à vindima, em setembro, quase não choveu. No início de setembro as uvas já tinham atingido a maturidade fenólica. Estas condições quentes e áridas produziram mostos concentrados, ricos em cor, taninos e açúcar.Um rápido início da vindima nas quintas da Fonseca garantiu que os vinhos tivessem um bom equilíbrio de acidez e evitou a sobrematuração. Cor negra impenetrável. Clássico nariz Fonseca, dominado por exuberante e prazenteira fruta, um perfume poderoso denso e escuro a amoras e groselhas, que lentamente libertam uma mistura inebriante de aromas a especiarias e ervas, notas sedutoras de café e cacau, sugestões de ameixa seca e aromas selvagens de esteva. Os taninos espessos e aveludados dão ao vinho uma densidade voluptuosa, que se integra facilmente com a infusão sumptuosa de doce de amora, chocolate negro e alcaçuz, revestindo o paladar. Os taninos estão também presentes no final, o qual transborda em sabor de amora e groselha.
2016 - O padrão climático da vindima de 2016 foi relativamente incomum. A precipitação em Abril e Maio foi quase três vezes a média dos últomos10 anos. Reabasteceu as reservas de água subterrânea que tinham sido reduzidas devido à seca do ano anterior, mas também resultou na perda significativa de frutos e consequente redução nos rendimentos em algumas áreas, bem como no início tardio do ciclo de maturação. Em contraste, Julho deu lugar ao início das condições quentes e secas que duraram o resto do Verão. O amadurecimento foi uniforme, gradual e concluído após umas chuvas em meados de Setembro. As propriedades que atrasaram a colheita até depois das chuvas foram recompensadas com tempo perfeito de vindima, em que as noites frescas contribuíram para fermentações longas e bem equilibradas e extração suave. As notas do enólogo registam que os vinhos jovens exibiam aromas muito finos e taninos pronunciados. A promessa inicial foi totalmente realizada, com os Vintage de 2016 a mostrarem elegância, finesse, viva acidez e taninos de qualidade excepcional. A vindima na Quinta do Panascal da Fonseca começou no dia 21 de Setembro e na Quinta do Cruzeiro no Vale do Pinhão no dia 28. A terceira propriedade da Fonseca, a Quinta do Santo António, iniciou a colheita apenas no dia 6 de Outubro. Cor roxa profunda com um fino bordo púrpura. O nariz apresenta fruta preta muito fina e pura, uma fusão de aromas de cereja preta, cassis e geleia de amora, com notas de menta esmagada, uma fragrância etérea de violetas e sugestões de frutos tropicais maduros. O ano conferiu uma camada adicional de pureza e refinamento ao subtil e complexo carácter frutado da Fonseca, além de uma atraente mineralidade. Na boca é sustentado por uma acidez vibrante e taninos tensos que proporcionam estrutura mas também textura e volume. Os frescos sabores de bagas permanecem até ao longo final. Um Porto Vintage finamente elaborado e perfeitamente equilibrado.