Região: |
Douro |
Produtor: |
Quinta de Vale Meão |
Enólogo: |
Joaquim Javier de Olazabal |
Castas: |
Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz,Tinta Barroca e Alicante Bouschet |
Estágio: |
14 meses em barrica de segundo e terceiro ano de carvalho francês Allier |
Solos: |
Xisto | Schist |
Álcool: |
14% |
Garrafa: |
75 cl |
Preço/L: |
17,73€ |
Em 1877 D. Antónia Adelaide Ferreira, já proprietária do maior património agrícola do Douro, comprou em hasta pública 300 hectares de terra virgem à câmara de Vila Nova de Foz Côa. O seu sonho era de construir a partir do nada uma exploração modelo, concretizando nela toda a vasta experiência acumulada ao longo da sua vida de empresária duriense. Este projecto ambicioso foi totalmente levado a cabo entre 1887 e 1895. Foi a última e mais significativa realização daquela Senhora, que no entanto pouco dela gozou, pois morreu em 1896. Desde então a quinta manteve-se sempre na posse dos seus descendentes. A partir dos anos 70 o seu trineto Francisco Javier de Olazabal assumiu a sua gestão e iniciou um longo processo de aquisição de partes indivisas dos seus familiares e comproprietários, e em 1994 tornou-se juntamente com seus filhos, único proprietário da Quinta. Até então as uvas da Quinta eram vendidas á empresa AA Ferreira S. A., fundada pelos descendentes de D. Antónia, e estavam na base de alguns dos seus melhores vinhos. Essa ligação continuou até 1998, ano em que Francisco Javier de Olazabal decidiu renunciar ao cargo de presidente de A. A., Ferreira S.A. para se dedicar juntamente com seu filho enólogo Francisco de Olazabal y Nicolau de Almeida, à produção, envelhecimento e comercialização dos vinhos da quinta, através da criação da sociedade F. Olazabal & Filhos, Lda.
A partir dos anos 80, foi levada a cabo uma reconversão importante da vinha, em parte resultante da expropriação dos terrenos submersos pela barragem da Valeira. As novas vinhas foram plantadas em talhões com castas separadas tendo-se privilegiado a Touriga Nacional, casta até então quase abandonada no Douro, pela sua pequena produtividade e dificuldade de cultivo, mas que se veio a revelar como particularmente bem adaptada às características edafo-climáticas do Douro Superior, contribuindo grandemente para a qualidade e originalidade dos vinhos da Quinta. Dado que os terrenos da Quinta apresentam características geológicas diferenciadas – xisto, granito e aluvião – procurou-se tirar partido dessa diversidade por forma a garantir a sua complexidade.
Contém sulfitos.