Região: |
Douro |
Produtor: |
Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo |
Enólogo: |
Jorge Alves & Sónia Pereira |
Castas: |
Vinhas Velhas, Tinta amarela e 10% seleção de barricas |
Estágio: |
Final da fermentação alcoólica e estágio de 10 meses em barricas de carvalho francês (Tronçais, Vosges, Nevers, Jura) e húngaro. “Batonnâge” quinzenal durante os primeiros 5 meses. |
Solos: |
Granito e de transição Xisto-granito |
Álcool: |
14% |
Garrafa: |
75 cl |
Preço/L: |
86,67€ |
A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo é um local de extrema beleza, no coração do Douro, e propriedade da família Amorim desde 1999.
A ligação da família ao vinho vem de longe, através da sua ligação às casas exportadoras de Vila Nova de Gaia, por via do negócio da cortiça, mas nessa data esta ligação resultou na concretização de um sonho e o projecto está hoje nas mãos da 4ª geração da família.
Com uma história superior a 250 anos, a quinta exibe uma traça conservada e o edifício original da adega de 1764, após intervenções a cargo do Arquitecto Arnaldo Barbosa.
Mas a quinta é muito anterior a 1764 e história confirma-a como uma grande terra pertencente à Casa Real Portuguesa, tendo sido identificado o seu primeiro proprietário em 1725. A adega vinificava mais de 3.500 pipas de vinho, de parcelas e quintas vizinhas, tendo sido logo «integrada na primeira demarcação da região». Os locais históricos que ainda hoje estão preservados dão a perceber todo este peso histórico.
O espírito empreendedor e visionário da família fez entretanto a diferença pois, aliado a uma aposta apaixonada no futuro, determinaram o início de múltiplas alterações para um caminho de excelência enológica.
O Mirabilis é elaborado com uvas de pequenas vinhas centenárias onde predominam o Viosinho e o Gouveio, mas também variadíssimas outras castas de escassíssima produção, já quase inexistentes na região. Cachos pequenos, apertados e bagos singelos, fazem com que a produção por hectare não vá além dos 2300 kg, em solos de altitude superior a 500 metros, geologicamente classificados como solos de transição xisto/granítico, nas freguesias de Vilar de Maçada, Cabeda, Tabuaço e Candedo. Conferem aos mostos uma genuinidade sublime, onde frescura e aroma se acentuam naturalmente. A madeira selecionada é propositadamente de segundo e terceiro ano, apenas uma pequena percentagem de madeira nova, para não marcar e melhor integrar lentamente a fruta intensa, incidindo sobretudo no carvalho francês e húngaro, resultando num vinho de extrema elegância, onde a frescura, estrutura e acidez se entrelaçam.
Contém sulfitos.