Região: |
Douro |
Produtor: |
Niepoort (Vinhos), SA |
Enólogo: |
Dirk Niepoort |
Castas: |
Touriga Franca, Tinta Roriz, Rufete, Malvazia Preta e outras |
Estágio: |
22 meses em barricas de carvalho francês (30% novas) |
Solos: |
Xisto |
Álcool: |
12% |
Garrafa: |
75 cl |
Preço/L: |
109,33€ |
O Batuta é um vinho de extremos, ao mesmo tempo que tem mais de tudo, é aquele que demonstra um comportamento mais discreto; os taninos estão presentes mas são muito finos, o aroma é intenso mas nunca exuberante, é cheio de concentração, própria das vinhas velhas do Douro, mas mostra-se sempre fresco e elegante. Cada vez mais o Batuta é um vinho contra corrente, onde menos é mais. A base deste vinho é a vinha do Carril, com mais de 70 anos, situada numa encosta virada a Norte, que permite obter maturações mais lentas e equilibradas. As uvas provêm também de outras vinhas velhas (com cerca de 100 anos), próximas da Quinta de Nápoles. Este vinho resulta de uma vinificação delicada, com macerações levadas ao limite, em que todos os detalhes são levados em conta para que se obtenha um grande vinho: complexo, fino e elegante.
2010 foi um ano extraordinariamente húmido, durante o Inverno e início da Primavera, com chuvas muito fortes. Como consequência disso, a vindima foi abundante, mas o ano vitícola muito pressionado pelas doenças da vinha. O período de maturação foi quente e seco, no entanto, as chuvas ligeiras do início de Setembro ajudaram as vinhas a terminar a sua maturação de uma forma mais equilibrada, especialmente as mais velhas plantadas em altitude. A vindima foi feita no início de Setembro. As vinhas velhas não sofreram com o aumento de produção, na verdade, esse foi o elemento-chave para obter maturações mais prolongadas no tempo. A fermentação foi feita em cubas tronco-cónicas de inox e em balseiros de madeira, com macerações de cerca de 60 dias, o vinho passou depois directamente para barricas de carvalho francês, das quais 30% eram novas, onde estagiou durante 22 meses.
O 2014 é provavelmente o Batuta mais leve e elegante de sempre, resultado da intenção de se criar vinhos cada vez mais finos e com pouca extração. Mostra uma leve cor rubi brilhante. O aroma é profundo, complexo e austero. O perfil mineral, com notas florais, cacau e frutos do bosque, encontram-se em plena harmonia com as notas de barrica. No copo, com o tempo, o vinho vai mostrando várias camadas, num registo muito elegante mas com tensão, reflectindo a frescura e mineralidade das vinhas centenárias. Fino e elegante na boca, com uma textura sedosa e estrutura firme, apresenta taninos muito polidos. Apesar de jovem, impressiona pelo equilíbrio e precisão. Final de boca muito fino, longo e sedutor. Irá envelhecer com grande classe.
Contém sulfitos.