Região: |
Douro |
Produtor: |
Luís Seabra |
Enólogo: |
Luís Seabra |
Castas: |
Rufete, T. Franca, Malvasia Preta, Alicante Bouschet & Donzelinho Tinto |
Estágio: |
18 meses barricas usadas de carvalho francês |
Solos: |
Xisto | Schist |
Álcool: |
12% |
Garrafa: |
75 cl |
Preço/L: |
20,33€ |
Após muitos anos a trabalhar para outros, Luís Seabra decidiu seguir o seu próprio caminho, e em 2013 foi criada a Luis Seabra Vinhos, com a missão de criar vinhos que expressem o sitio de onde vêem, feitos com uma filosofia de intervenção mínima respeitando a sua natureza e o seu carácter. Os vinhos mostram os diferentes solos onde estão plantadas as vinhas, as diferentes altitudes e exposições, as suas diferenças e semelhanças. Acima de tudo pretende criar vinhos que sejam únicos com a consciência que estes são apenas os primeiros passos de um longo caminho, a aventura é ainda descobrir vinhas velhas desconhecidas que vão resistindo ao longo dos anos. Ao longo dos anos que trabalhou na região, Luís Duarte criou uma relação especial com as vinhas velhas. Estas não são exuberantes, os seus troncos não são na sua maioria grossos e imponentes como poderíamos pensar, pelo contrário, são delgados e retorcidos de aspecto frágil, mas com a serenidade própria da idade. Estas vinhas respondem de forma menos oscilante ás diferentes condições climatéricas, aguentando melhor os picos de calor e o stress hídrico, mas também ás chuvas que insistem em cair antes da vindima. Estas vinhas têm um caracter singular dado pelo sítio onde são plantadas e pelas diferentes castas que compõem a mistura. Quando respeitamos a individualidade destas vinhas na adega, os vinhos que obtemos são como as vinhas - discretos, sem grande exuberância, mas com uma grande complexidade que vem com os anos de experiência.
As uvas são provenientes de duas vinhas do Cima Corgo, uma em Covas do Douro e a outra em Ervedosa do Douro, ambas com mais de 80 anos; a primeira plantada a 400m de altitude, virada a Poente e a segunda plantada a 570m e virada a Norte. As castas predominantes são o Rufete, Touriga franca, Tinta carvalha, Malvazia preta, Alicante de Bouchet, e o Donzelinho tinto entre outras. As duas vinhas foram vindimadas separadamente, tendo sido as uvas vinificadas em balseiros abertos de madeira velha de vinho do Porto recuperada, ambas com 60% do engaço. A maceração total foi de 29 dias, após prensagem o vinho, que estagiou em barricas de 350 litros e 228 litros para o vinho de Ervedosa. A fermentação malolática decorreu em barrica, em contacto com as borras (até Agosto) e o seu estágio total foi de 18 meses.
Trata-se de um vinho que apresenta aromas complexos, com notas de fruta fresca, baga de bosque e caruma, ligeira nota de
Xisto Ilimitado Na boca é intenso e fresco, com grande profundidade, com acidez bem presente, mostrando uma estrutura sólida com tanino presente, vivo e equilibrado. O fim de boca é longo persistente. Acreditamos que tem grande potencial de envelhecimento. No aroma e na prova o vinho ganha dimensão com a presença de ar, recomendando-se por isso a decantação.
Contém sulfitos.